O projeto de Manutenção das Atividades em Grupo - (Equipe Espécie), contemplado em 2017 pelo Fundo de Arte e Cultura do Estado de Goiás, edital 17/2017 e realizado em 2022, busca, na manutenção das suas atividades múltiplas, suas proposituras com novos diálogos e afirmações artísticas. O projeto em atividade compreende essas ações como gesto e ato de abertura, desfiando desafios e inquietações do grupo no que se refere às relações e urgências do mundo atual.  

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Espécie é um solilóquio com uma trajetória de dez anos, definida por encontros e um grupo expressivo de colaboradores. Seu adensamento estético e artístico é nutrido por um corpo em constante transformação. Uma artesania do corpo em busca de estados d’alma. O espetáculo performático conta apenas com um ator e um aparelho celular, essa economia de artifícios exige cuidados de manutenção artística complexos. Ele, ainda, promove, em sua proposta de intimidade compartilhada, um mergulho profundo às camadas da memória coletiva. 

 
Na sua composição, o projeto se desenvolve em 3 etapas. A primeira realizada em junho de 2022 em parceria com a associação dos surdos de Goiânia. Foram desenvolvidos diálogos, intervenções, oficinas e apresentações com os alunos da associação. 

Experiências criativas e expressivas incitando, pela via da arte, conhecimento compartilhado. Encontro de decisiva importância, ampliando a consciência crítica do grupo envolvido. Novas noções são construídas na prática sobre pluralidade e respeito à diferença. 

 
A segunda etapa foi realizada em dois países da Europa: Espanha e Portugal. Uma travessia desafiadora, início de uma carreira internacional. Um deslocamento que exige novas formas de escutar, de estar, se organizar e comunicar. Um desafio em tempos de guerra e de um mundo vulnerável pela pandemia acometida pelo vírus da COVID-19. Durante 34 dias estivemos em gesto de abertura para compartilhar e nos aproximar das camadas de memórias e histórias desses dois países por meio das ações artísticas promovidas. 

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Espécie faz um mergulho profundo nas dores e mutilações da nossa memória e história, assim como, na potência para novos diálogos e resistência. Com isso, elabora, pela via da arte e consciência crítica, o desejo de um mundo mais justo, lutando por um Brasil plural e melhor, em que a arte tenha continue resistindo a seu lugar de expressão, formação, interação, conhecimento e importância cultural. 

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